Teórico do mês: Emilia Ferreiro


Oi gente letrada deste país multilinguagem!
(Sim, escreve tudo junto, sem separação e sem hífen. Sim, eu pesquisei. Sim, eu também achei estranho!)

Como estão as coisas?
Espero que bem! 
Conforme anunciado previamente, e já devem ter notado, este mês o tema será alfabetização, e não apenas os métodos (que é o assunto que todo mundo quer saber) mas também um pouco da história desse ícone da educação, a dona Emilia Ferreiro.

Imagino que seja impossível alguém da área não conhecer o trabalho e a obra de Emilia Ferreiro, essa querida psicóloga argentina que influencia as nossas escolas desde os anos 80 até os dias atuais.
Emilia fez doutorado em educação na Suíça e seu orientador foi o próprio Jean Piaget, dentro de uma linha de estudo chamada Psicolinguística Genética (um ramo da linguística, que tem como um dos seus objetos de estudo o processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem).

Quando voltou a Buenos Aires, Emilia reuniu pesquisadores e montou um grupo de estudos sobre alfabetização, entre eles Ana Teberosky, com quem mais tarde escreveu o livro Psicogênese da Língua Escrita, obra que detalha a construção da linguagem escrita na infância e, juntamente com as ideias de Piaget, revolucionou os estudos sobre a aquisição do conhecimento.

Mesmo não apresentando nenhum método de alfabetização, o livro Psicogênese da Língua Escrita, conclui que os alunos constroem seu próprio conhecimento, a partir de uma participação ativa em um ambiente que favoreça o aprendizado, cunhando assim o termo "construtivismo", que passou a ser divulgado indiscriminadamente pelo país! Causando bastante dúvida e até algumas confusões, pois muitos começaram a considerar o construtivismo como um método de ensino. Fato que já desmistificamos aqui.





Emilia Ferreiro sempre criticou a alfabetização tradicional, porque a criança aprende construindo seus próprios esquemas internos, e não apenas ouvindo e repetindo informações - muitas vezes sem significado, utilizando-se de cartilhas com textos desestimuladores. Exatamente como ainda são feitas as tentativas de alfabetização na maioria das escolas brasileiras.

Atualmente, Emilia Ferreiro trabalha no Instituto Politécnico, na Cidade do México, e ao 83 anos continua contribuindo para os estudos na educação. 


🔑 Espero que tenha gostado do conteúdo.
Para escrever este texto consultei diversas fontes: Google, Wikipedia, Portal Ceale, Nova Escola e Ebiografia, além das obras de Magda Soares. A chave do sucesso é consultar outras fontes você também!


Bibliografia
FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto. Alegre: Artes Médicas, 1986