Oi de novo!
É uma delícia poder escrever sobre um dos meus assuntos preferidos, então não economizarei posts nesta "Semana da Alfabetização"
Como sou fã das introduções, neste post de hoje falarei sobre os métodos de alfabetização mais conhecidos, e deixo para explicar um a um durante a semana, combinado?
As informações são baseadas nas pesquisas da Dra. Isabel Cristina Alves da Silva Frade, uma gigante no assunto. Quem tiver interesse em ler suas publicações tem e-book na Editora Unesp. Super indico!
E claro, na maravilhosa Dra. Magda Soares, que dispensa apresentações por ser a referência em alfabetização no país!
Mesmo que delicioso, como já afirmei, o assunto é alvo de muita especulação e discordância. As pesquisas são diversas, mas cada profissional acaba tendo suas preferências. E mesmo dentro da comunidade científica há entraves sobre qual o método mais eficiente para a alfabetização de crianças em idade escolar.
A priori temos duas grandes vertentes, os métodos sintéticos e os métodos analíticos.
Os métodos sintéticos são os mais antigos utilizados na Educação, consistem em começar da menor parte da palavra para então ensinar o todo. Essa mínima parte pode ser tanto o desenho da letra (grafema), o nome da letra, ou som da letra (fonema), dependendo do método escolhido.
Os principais métodos sintéticos são:
Método alfabético
Também conhecido como "soletração", é o método que apresenta primeiramente as letras e seus nomes, desta forma o aluno decora todo o alfabeto com o nome de cada letra e cada desenho relacionados a elas. É uma técnica de ordem grafema + nome + fonema. Leia aqui
Método fônico
Também encontrado como "método fonético" foi desenvolvido na Europa e ensina a partir da relação som-letra. Introduz a leitura antes da escrita e trabalha a técnica de ordem fonema + grafema + nome. Leia aqui
Método silábico
Neste método já não se trabalha a mínima parte escrita, mas sim a sílaba a menor parte naturalmente pronunciável, que é considerada uma unidade linguística importantíssima e de fácil identificação do som, trabalhando assim a técnica de ordem grafema + fonema + nome.
Os métodos sintéticos são os comumente trabalhados dentro das tendências pedagógicas mais tradicionais. Lembra quando estudamos tendências pedagógicas?
Já os métodos analíticos partem do todo para chegar à menor parte, visando principalmente o significado das palavras, acreditando que a alfabetização acontece naturalmente com o tempo.
Método de palavração
As palavras são apresentadas aos alunos, juntamente com suas imagens e seus significados, de uma forma mais lúdica de trabalhar. Acredita-se que indiretamente acontecerá a memorização dos grafemas de cada palavra, sem obrigatoriamente a necessidade de separar a palavra em sílaba ou letras, mas podendo decompor em pedaços que fazem parte de outras palavras. Por exemplo: Flor - Florir - Rir
Método de sentenciação
É a proposta que trabalha a compreensão de frases simples. De forma que os alunos compreendem o conteúdo (que deve estar inserido no contexto vivenciado pela classe) e por associação e memória a criança desenvolve a leitura. Imagine por exemplo uma frase como "O morro é alto" e uma atividade com os alunos desenhando um morro alto com o formato da letra M. Em apenas uma frase eles já são capazes de se familiarizarem com a grafia de uma letra, o som de várias silabas e o significado das palavras. Parece complicado, mas funciona bem. Leia aqui
Método global
Também é conhecido como método de historietas ou contos, segue a mesma proposta da sentenciação, mas como o nome diz, parte-se de pequenos contos que são trabalhados com a compreensão do texto e a decomposição das frases, estimulando a leitura. Leia aqui
Os métodos analíticos são bastante usados nas linhas ditas construtivistas, já que são métodos que permitem que os alunos construam o seu próprio conhecimento, e assim comecem do seu entendimento pessoal para o entendimento coletivo, e não o contrário.
Todos os métodos possuem pontos positivos e negativos, por isso muitos pedagogos preferem mesclar os métodos. A linha Montessoriana, por exemplo, usa tanto palavração quanto o fônico.
Claro que é muito importante conhecer todos os métodos e saber aplicá-los em estratégias variadas, pois crianças são diferentes umas das outras, e a forma que uma aprende não é necessariamente a forma que todas aprendem!
Conversarmos mais um pouco sobre cada um deles nos próximos posts.
Beijos, M.
🔑 Espero que tenha gostado do conteúdo.
Para escrever este texto consultei diversas fontes: Google, Wikipedia, Portal Ceale, Portal Lunetas, CNPQ e Editora Unesp, além das obras de Magda Soares. A chave do sucesso é consultar outras fontes você também!